A Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner, em 1985, para a situação em que a mãe ou o pai sugestiona e manipula a criança para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro. Os casos mais frequentes desta síndrome estão associados a situações em que um dos cônjuges tenta romper o elo de afetividade dos filhos com o outro cônjuge ou, ainda, avós, tios e outros parentes, que difama um dos pais, contando histórias, verdadeiras ou não, com a finalidade de manchar a imagem ou mesmo construir uma imagem negativa a partir de mágoas e raiva.
Muitas vezes, um dos maiores fatores que motivam a alienação parental é a forma com que os pais rompem a vida conjugal, gerando em um dos genitores sentimentos de raiva e vingança. Nesse processo, os filhos passam a ser o instrumento da vingança. A psicóloga, Sarah Lopes, explica sobre os principais prejuízos causados pela síndrome: “O prejuízo que a alienação parental causa é enorme e vai depender também do grau de alienação. O mais comum é a ansiedade nessas crianças, adolescentes ou jovens, o que dificulta no aprendizado e na socialização. Além disso, é importante para os filhos a convivência em harmonia com os pais. Em casos de separação, marido e mulher se afastam, mas devem lembrar que nunca deixam de ser os pais deles”.
Segundo a psicóloga, é fundamental que a família como um todo se envolva positivamente e que não contribua para a alienação parental. Sarah ressalta que os parentes podem vir a intervir para ajudar a resolver o problema: “Da mesma forma que outros parentes podem atrapalhar, também podem ajudar. Atualmente, vimos casos de alienação parental sendo praticada até pelos avós das crianças. Porém, quando são pessoas sensatas, podem também servir de mediadores desse conflito. Quem está de fora possui uma visão imparcial do problema, podendo ajudar tanto os pais que estão em conflito quanto as crianças, trazendo uma nova visão daquele que está sendo vítima da alienação”, finaliza.
Fonte: Sarah Lopes, psicóloga.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.