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Ambiente familiar influencia comportamento dos filhos, afirma especialista

Ambiente familiar

Engana-se quem acha que o comportamento de certas crianças não tem nada relacionado ao modo como vivem no ambiente familiar. Filhos podem desenvolver o autoritarismo por conta da postura inadequada dos próprios pais.

Primeiramente, é necessário destacar que os pais não podem dar atenção de menos e nem demais. Outro ponto importante é saber que as crianças também têm deveres e direitos, por isso, tenha em sua casa regras e horários estabelecidos.

Com ampla experiência em terapia cognitivo-comportamental, Lilian Zolet afirma que uma das soluções é utilizar técnicas como deliberar tarefas aos pequenos: guardar seus próprios brinquedos, ajudar a fazer a lista do supermercado, ter horário para brincar, fazer o dever e ficar em família. “Isso gera responsabilidade às crianças e os incentiva a serem autônomos desde cedo. Para pais superprotetores, pode ser difícil, mas é uma etapa essencial para ter um ambiente familiar saudável”, explica a especialista.

Quando todos os desejos das crianças são atendidos, elas podem criar um esquema mental de merecimento ou grandiosidade. “Por exemplo, quando fazem birra para ganhar um presente ou quando tomam posse de um brinquedo, dizendo ‘esse brinquedo é meu’, os pais devem corrigir o comportamento na hora, pois dando a eles o que querem apenas para cessar a birra farão com que achem que sempre que fizerem aquilo, irão ganhar o que desejam”, ressalta Lilian.

Outro erro, que vai de encontro a esse, é deixá-los de castigo. “Castigar não é uma opção viável por seu caráter de vingança. Isso só irá estremecer a relação entre pais e filhos, sem que a criança tire algo de aprendizado. Ao invés de dizer ‘você tirou nota baixa, não vai sair por um mês’, tente ‘se você não estudar por uma hora, não vai poder jogar videogame hoje'”, aconselha a terapeuta.

De acordo com Lilian, a ausência de reforço positivo, ou seja, não reconhecer ou elogiar quando o filho faz algo bom, também prejudica no processo de educar. “Quando a criança é desobediente e faz algo positivo, os pais devem valorizar aquele comportamento, caso contrário ela irá acreditar que nada adianta se esforçar, já que não recebe o devido reconhecimento”, diz.

Outro caso comum são os pais brigarem e xingarem na frente de seus filhos. Segundo a especialista não adianta dar uma bronca por um comportamento que a criança está  replicando e vendo como exemplo na postura de seus próprios familiares.

Para Lilian, é importante ter em mente que pais com ausência de limites, com posturas rígidas ou até mesmo que demonstram falta de envolvimento com os filhos são indicadores para a criação de pequenos imperadores.

Então, qual tipo de pai seria o ideal? Os chamados ‘pais recíprocos’. “Eles cooperam com os filhos, compartilham suas decisões, têm limites definidos, coerência na educação e conseguem manter um relacionamento aberto com as crianças. O ideal é equilibrar dois fatores: a recompensa pelo bom comportamento e a punição adequada pelo comportamento indesejado, tudo isso dentro de um ambiente familiar terno e carinhoso”, finaliza.

 

Fonte: Lilian Zolet, terapeuta familiar.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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