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Deixar filho chorando no berço pode ser prejudicial para o desenvolvimento emocional do bebê

emocional

young mother with cute little crying baby

“Você vai deixar essa criança manhosa e birrenta!”. “Se você pegar o bebê a cada resmungo, ele não aprende a dormir sozinho”. Essas são algumas das justificativas dadas pelos adeptos da teoria de que as crianças, quando acordam durante a noite, não devem ser acolhidas ao primeiro sinal de choro. Contudo, um recente estudo realizado pelo médico especialista James McKenna, diretor do Laboratório do Sono da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, aponta que esse hábito pode ser prejudicial para o desenvolvimento emocional do bebê.

Na pesquisa, foi constatado que há uma zona no cérebro da criança encarregada de controlar o estresse e a ansiedade, que se desenvolve até os três anos de idade. Se durante esse período o bebê enfrentar doses elevadas de estresse, como a sensação de desamparo causada pela falta de acolhimento após um choro, isso pode prejudicar a sua capacidade de lutar contra o estresse para sempre.

Investigue as causas

É normal que um bebê acorde inúmeras vezes durante a noite, pois o ciclo de sono dele é diferente dos adultos – a criança tem ciclos de sono de sessenta minutos. Isso significa que cerca de uma hora depois que adormece, ela volta à fase de sono leve, momento na qual muitas acordam devido a algum incômodo: calor, frio, fome, fralda molhada etc.

Esses intervalos de sono tranquilo tendem a aumentar com o passar do tempo, mas, caso seja percebida alguma anormalidade no comportamento do bebê, é preciso buscar um especialista para que sejam descartadas todas as causas físicas que possam interferir no sono da criança.

“Em caso de dificuldades para dormir, devem ser investigadas possíveis modificações no comportamento e horários do bebê. Alterações físicas ou eventuais incômodos também podem influenciar. Existe todo um protocolo de pesquisa para ver se há necessidade de algum tipo de intervenção – comportamental ou medicamentosa. Até que seja amplamente esclarecido, é necessária a atenção e consulta de um pediatra”, alerta José Gabel, membro do Departamento de Cuidados Domiciliares da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Fonte: José Gabel, membro do Departamento de Cuidados Domiciliares da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.