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O que fazer quando a criança desafia os pais além do normal?

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O Transtorno de Oposição Desafiante (TOD) é um dos transtornos mais comuns entre crianças e adolescentes. Segundo o neuropediatra Dr. Clay Brites, o TOD é caracterizado por ações inadequadas e excessivamente antissociais. A pessoa se mostra muito negativista, desafia os pais, desobediente e hostil há mais de 6 meses pelo menos. “Nestas crianças, observa-se, frequentemente um descontrole emocional, perfil de discussão frequente com os adultos, desafia e se recusa a seguir regras, tem intuito de aborrecer pessoas, não reconhece erros e se ressente demais chegando a agir de forma vingativa”, relata.

Brites diz que os motivos podem envolver alguns fatores como, por exemplo, predisposição genética e um ambiente em que a criança viva como muitos favorecimentos, como pais divergentes, permissivos ou que não sabem estabelecer regras e limites. “Esse transtorno pode ocorrer entre 6 e 11% das crianças. Os sintomas emergem mais a partir dos 4-5 anos podendo persistir por toda a vida. Existem escalas de avaliação que ajudam a orientar no processo de diagnóstico”, explica o médico.

O neuropediatra diz ainda que o TOD pode ocorrer em qualquer pessoa, porém é mais comum em pacientes com Transtornos do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou em pacientes com transtornos de Humor. “Os familiares devem sempre procurar ajuda especializada, especialmente de psiquiatras infantis, neuropediatras e/ou psicólogos. Para os casos de TOD, o tratamento é multidisciplinar e envolve medicações, psicoterapia de manejo parental, suporte escolar e estratégias psicoeducativas”, diz.

Brites reforça que o papel da escola e da família no tratamento é essencial. Para ele, a escola deve conhecer as formas e os caminhos mais indicados para conversar e manejar situações críticas com estes jovens. “É fundamental trabalhar para prevenir o bullying e oferecer reforço. A família, por sua vez, deve implementar mecanismos de como conversar e dialogar com estas crianças e saber de estratégias comportamentais para reduzir tais comportamentos e melhorar seu engajamento para cumprir atividades condicionadas”, conclui.

 

Fonte: Dr. Clay Brites, neuropediatra da Neuro Saber.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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