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Sarampo: Especialista alerta sobre a importância da vacinação

Vacina sarampo

Algumas doenças graves que foram erradicadas no país há anos, voltaram a afetar a população recentemente, preocupando instituições e profissionais de saúde no geral. Vários estados brasileiros, como Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, já confirmaram casos de sarampo, por exemplo.

De acordo com o Ministério da Saúde, a meta de vacinação do calendário adulto está muito baixa e a imunização contra a poliomielite, vírus que pode causar paralisia, é considerada mínima e pode retornar em, pelo menos, 312 cidades brasileiras.

A importância da vacina contra sarampo

Segundo a infectologista, dra. Rosana Richtmann, as vacinas desempenham um papel fundamental na proteção contra doenças como o sarampo e não existe nada mais eficaz em saúde pública do que imunização.

“A vacinação é a forma mais eficaz de se prevenir o sarampo e outras doenças. Quanto mais pessoas imunizadas, menor a chance de termos pessoas doentes. É uma questão de responsabilidade social”, conta a especialista.

A infectologista reforça que a população não pode deixar a vacinação cair no esquecimento. “Na atual realidade, as pessoas estão se esquecendo de se vacinar e também de imunizar seus filhos. Isso não pode acontecer, pois as vacinas são um dos mecanismos mais eficazes na defesa do organismo humano contra agentes infecciosos e bacterianos, e consiste na proteção do corpo por meio de resistências às doenças que o atingiriam. Quando você se vacina, você protege todos ao seu redor”, afirma.

Em relação ao sarampo, a profissional ressalta que era uma doença erradicada e que, até o ano 2000, não existia mais casos no Brasil. “É um vírus de fácil transmissão e que gera diversas complicações. As bolinhas vermelhas só aparecem dias depois da doença adquirida e a patologia começa com tosse, febre, conjuntivite, coriza, entre outros sintomas”, explica.

Segundo a especialista, as pessoas imaginam que o sarampo é uma doença leve, mas ela pode levar a sequelas muito sérias. “Entre elas estão diarreia, infecção nos ouvidos, vômito, hemorragia, convulsões, hepatite, pneumonia bacteriana secundária e até sequelas neurológicas”, ressalta.

Para as gestantes, a patologia, caso não tratada, pode envolver aborto no primeiro trimestre de gestação e risco de parto prematuro. “Isso sem falar em infecção no sistema nervoso e em problemas respiratórios. Infelizmente, a mãe não pode tomar vacina durante a gestação, pois pode desencadear graves complicações. O ideal é que ela tenha se vacinado antes da gravidez. Caso contrário, deve evitar contato com pessoas em locais fechados e, principalmente, com pessoas contaminadas”, afirma.

A vacina que protege contra o sarampo é a tríplice viral, que também imuniza contra caxumba e rubéola. A pessoa deve ter tomado duas doses com intervalo mínimo de um mês, desde que a primeira tenha sido adquirida depois de um ano de vida.

“As duas doses no primeiro ano do bebê protegem a criança para o resto da vida. Porém, quem não sabe se tomou a vacina, pode tomar novamente, sem problemas. O importante é a imunização”, pondera a dra. Rosana.

Onde encontrar a vacina?

Essa vacina é oferecida nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do SUS, em todo o Brasil, e nas unidades privadas como no Centro de Imunização do Santa Joana. Inclusive, o País é reconhecido por ter implementado o Programa Nacional de Imunização (PIN), que se destaca por ser um dos melhores projetos de imunização do mundo, atuando fortemente na prevenção e erradicação de doenças.

Em relação a efeitos adversos da vacina do sarampo, a infectologista comenta que são raros os casos considerados graves. “Os efeitos colaterais mais comuns são dor no braço, vermelhidão e inchaço onde foi aplicada a vacina. Também podem ocorrer febre ou mal-estar passageiro. Em alguns casos, e dependendo do tipo de vacina, a pessoa pode apresentar sintomas parecidos com os da própria doença. Em casos mais extremos, porém muito raros, pode causar choque anafilático”, finaliza dra. Rosana.


Fonte: Dra. Rosana Richtmann, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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