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Debater com os filhos sobre assuntos polêmicos pode incentivar aproximação

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A adolescência é uma fase de transição, eles sofrem e por consequência acabam tendo atitudes precipitadas. Por isso, os pais devem estar atentos com o comportamento e debater assuntos que não são discutidos nas escolas normalmente.

A terapeuta e coach familiar, Valéria Ribeiro, alerta aos pais a importância de estar atento aos filhos, prestando atenção para as mínimas mudanças, buscar manter o diálogo aberto, debater de temas que são tabus na família, como depressão, suicídio, drogas, homossexualismo e gravidez.

Além do diálogo, os pais devem estar alertas para alguns sinais transmitidos pelos jovens. “A melhor maneira de ajudar, tanto por parte da escola quanto dos pais, é buscar se informar sobre depressão e suicídio, observar as mudanças de comportamento, estimular a busca de ajuda, ou seja, a informação nesses casos pode resultar em uma melhora” explica a terapeuta.

A couch lista algumas mudanças comportamentais que podem ser notadas nas crianças:

– Falta de interesse pelo próprio bem-estar;
– Alterações significativas na personalidade ou nos hábitos;
– Comportamento ansioso, agitado ou deprimido;
– Queda no rendimento escolar;
– Afastamento da família e de amigos;
– Perda de interesse por atividades de que gostava;
– Perda ou ganho repentino de peso;
– Mudança no padrão usual de sono;
– Comentários autodepreciativos recorrentes ou negativos e desesperançosos em relação ao futuro;
– Disforia (combinação de tristeza, irritabilidade e acessos de raiva);
– Comentários sobre morte, sobre pessoas que morreram e interesse pelo assunto;
– Doação de pertences que valorizava;
– Expressão clara ou velada de querer morrer ou de pôr fim à vida;
– Promiscuidade repentina ou aumentada;
– Tentativas de ficar em dia com pendências pessoais e de fazer as pazes com desafetos.

De acordo com Valéria, os pais devem ouvir com empatia e sem julgamentos, não negligenciar, se livrar preconceitos, estar atentos a repetição de sentimentos e atitudes negativas e não desqualificar os sentimentos da criança. “Eles não deve ser subestimados e nem desvalorizados, pois diversos jovens passam por situações delicadas. Cabe aos pais ressaltar que os jovens que pensam em suicídio não querem morrer, o que acontece é que eles querem se ver livre da dor momentânea e para isso acabam usando uma solução permanente”, finaliza a terapeuta.

 

Fonte: Valéria Ribeiro, terapeuta e coach familiar.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.